Tragédia, que aconteceu na cidade de Malang e deixou dezenas de feridos, é uma das maiores já registradas na história em um estádio de futebol
Ao menos 174 pessoas morreram no sábado (1º) à noite em um estádio da Indonésia depois que torcedores enfurecidos invadiram o gramado e a polícia respondeu com bombas de gás lacrimogêneo, o que provocou um grande tumulto, anunciaram as autoridades neste domingo (2).
A tragédia que aconteceu na cidade de Malang, leste do país, também deixou dezenas de feridos e é uma das maiores já registradas na história em um estádio de futebol.
Torcedores do Arema FC invadiram o gramado do estádio Karnjurhan depois que o time perdeu por 3-2 para o Persebaya Surabaya, a primeira derrota para o rival em mais de duas décadas.
A polícia tentou convencer os torcedores a retornar para as arquibancadas e usou gás lacrimogêneo após a morte de dois agentes.
O vice-governador da província de Java Oriental, Emil Dardak, informou ao canal Kompas TV que o balanço da tragédia foi atualizado para 174 mortos.
Várias pessoas afirmaram que os torcedores em pânico se aglomeraram quando o gás lacrimogêneo foi disparado em sua direção.
“Não estava acontecendo nada, não havia tumulto. Não sei qual foi o motivo, de repente dispararam gás lacrimogêneo em nossa direção. Eu fiquei em choque. Não pensaram que havia crianças e mulheres?”, perguntou Doni.
O diretor de um hospital declarou que entre as vítimas fatais está uma criança de cinco anos.
Em uma mensagem na televisão, Widodo ordenou ao ministro dos Esportes e da Juventude, à polícia e à confederação de futebol que façam uma “avaliação profunda das partidas de futebol e dos protocolos de segurança”.
Imagens registradas dentro do estádio durante o tumulto mostram uma grande quantidade de gás lacrimogêneo e pessoas escalando as cercas.
Outras imagens divulgadas nas redes sociais mostram pessoas ofendendo os policiais, que se protegem com escudos.
O estádio tem capacidade para 42.000 pessoas e, segundo as autoridades, estava lotado. A polícia informou que quase 3.000 pessoas invadiram o gramado.
Liga suspensa
Veículos incendiados, incluindo um caminhão da polícia, permaneciam do lado de fora do estádio neste domingo.
O ministro dos Esportes e da Juventude, Zainudin Amali pediu desculpas e prometeu que o governo vai investigar as circunstâncias da tragédia.
“Avaliamos de maneira rigorosa a organização da partida e a presença dos torcedores. Voltaremos a proibir a presença da torcida nas partidas? Vamos discutir isso”, acrescentou.
A Associação de Futebol da Indonésia (PSSI) suspendeu as partidas de futebol por uma semana, proibiu o Arema FC de receber partidas em seu estádio pelo restante da temporada e anunciou que enviará investigadores a Malang para determinar as causas da tragédia.
O presidente da Fifa, Gianni Infantino, afirmou em um comunicado que esta é uma “tragédia além do inimaginável”.
“O mundo do futebol está comovido com os trágicos incidentes na Indonésia”, disse Infantino sobre “um dia sombrio para todos os que amam o futebol”.
O dirigente suíço enviou “profundas condolências às famílias e amigos das vítimas”.
“Junto com a Fifa e a comunidade do futebol, enviamos todos os nossos pensamentos e orações às vítimas e aos feridos, assim como ao povo da República da Indonésia, à Confederação Asiática (AFC) e à Federação e Liga indonésias neste momento difícil”.
O presidente da Confederação Asiática de Futebol, Salman bin Ibrahim al Khalifa, afirmou que está “profundamente comovido e triste com as notícias trágicas da Indonésia, um país que ama o futebol”.
A violência entre torcedores é um grande problema na Indonésia, onde as fortes rivalidades provocaram vários confrontos mortais.
Algumas partidas são tão acirradas que os jogadores das principais equipes precisam viajar para os jogos sob forte esquema de segurança.
Com AFP
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