Há algo de novo na representação política baiana que emergiu das urnas do ano passado. Chama-se Raimundo Ramos de Andrade, 61 anos, ou o deputado estadual Raimundinho da JR.
Ele ganhou mídia quando anunciou que todo mês vai doar o salário dele de deputado a uma instituição filantrópica, o primeiro a Irmã Dulce, o segundo ao Martagão Gesteira, o terceiro ao Aristides Maltez. E se perguntam por que, a resposta é rápida:
— Eu sempre fui assim. E dei certo sendo assim, então vou continuar sendo assim.
Nascido em Ubaitaba, Raimundinho conta que começou a vida cedo. Cedo perdeu o pai caminhoneiro, foi trabalhar na feira como feirante e vendedor de picolé, até que aos 18 manos deu um salto adiante atrás do sonho de ser caminhoneiro, como o pai, conseguiu comprar um velho caminhão que segundo o próprio quando chovia molhava mais dentro do que fora.
O salto —A questão é que o velho caminhão rendeu a ponto dele chegar a ser dono de 300 carretas Volvo. Hoje tem empreendimentos imobiliários, uma empresa de logística e dois hotéis em Porto Seguro. O segredo do sucesso, para ele, é bastante claro:
— Desde o velho caminhão eu tenho o hábito de encontrar as pessoas pelas estradas e ia dando carona, comida, fazendo o bem sem olhar a quem.
Raimundinho também se elegeu pelo PL de Bolsonaro, mas diz que nunca esteve e nem está nem aí para a tal polarização entre ele e Lula. No texto abaixo, veja como ele explica o imbróglio político.
No PL de Bolsonaro, mas por mera conveniência eleitoral
Raimundinho da JR também chamou a atenção por outro fato, se elegeu pelo PL de Bolsonaro e logo a seguir assumiu a vice-liderança do governo de Jerônimo, que é do PT, na Assembleia.
— Ofereceram ao partido. E meus colegas disseram que não queriam, que eu poderia pegar. Peguei.
Ele diz também que não foi para o PL por causa de Bolsonaro, e sim por uma mera questão de estratégia. É muito amigo de Jânio Natal, prefeito de Porto Seguro (que o apoiou, ele teve mais de 10 mil votos lá), tido como expert em orientar a eleição de deputados em pequenos partidos.
— Tínhamos duas opções, o SDD (Solidariedade) e o PL. No SDD queriam que eu pagasse para me filiar. Achei uma indecência, fui para o PL.
Raimundinho diz que só entrou na política para ver se amplia o que já fazia, dar a quem precisa. ‘E tô levando’.
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Matéria do Jornal ATarde
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