No Brasil, as sociedades médicas de cirurgia bariátrica, diabetes, endocrinologia e estudo da obesidade definiram os critérios brasileiros para a indicação do tratamento cirúrgico do diabetes tipo II – cirurgia metabólica. Fato este que põe o Brasil na vanguarda. Hoje somos o país que mais realiza cirurgia bariátrica no mundo, ficando atrás dos Estados Unidos, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica.
Os planos de saúde ainda não estão obrigados a cobrir tal procedimento, mas as discussões caminham para isso. No Brasil, as sociedades médicas de cirurgia bariátrica, diabetes, endocrinologia e estudo da obesidade definiram os critérios brasileiros para a indicação do tratamento cirúrgico do diabetes tipo II – cirurgia metabólica. Fato este que põe o Brasil na vanguarda.
Hoje somos o país que mais realiza cirurgia bariátrica no mundo, ficando atrás dos Estados Unidos, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. Os planos de saúde ainda não estão obrigados a cobrir tal procedimento, mas as discussões caminham para isso. Há algumas décadas, especialistas notaram em alguns pacientes com diabetes, principalmente os com diagnóstico de diabetes tipo II, que após a cirurgia do estômago para tratamento de câncer (gastrectomia total ou parcial) ou após a cirurgia bariátrica (by-pass gástrico), alcançavam o estado euglicêmico – taxa de glicose sanguínea normal.
A partir destas observações, estudos foram iniciados ao redor do mundo com avanços significativos. Hoje sabemos que excluir a passagem dos alimentos pelo pâncreas tem forte impacto sobre a taxa de açúcar no sangue. Alguns trabalhos científicos apontam para uma taxa de até 92% de remissão do diabetes tipo II após a cirurgia de by-pass gástrico, procedimentos seguros e com práticas já padronizadas. Nos últimos anos, esse tem sido o assunto central das discussões nos principais eventos científicos no mundo. Muitos pacientes questionam, logo após a cirurgia, se a remissão é para sempre.
O que posso dizer é que sabemos hoje que os pacientes que voltam a ter diabetes (a minoria) apresentam quadros mais brandos e controlados, além de não terem se exposto ao efeito deletério, a exemplo, lesão de retina, renal, vascular dos membros inferiores. Assim a cirurgia bariátrica, além de devolver a qualidade de vida ao paciente obeso, tem impacto decisivo na melhora do diabetes tipo II, como destacou a última publicação da Diabetes Care – revista médica de grande influência no meio científico.
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Bruno Duque é Cirurgião Bariátrico e nutrólogo, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. Atende semanalmente na Clisana, em Dias d’Ávila.
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