Ecologicamente, sinto que o planeta caminha para a desertificação. O calor está demais nos trópicos e o frio está altamente (ou baixamente) perigoso nas extremidades. Faz muito frio ou faz muito calor. As tempestades estão ficando perigosas. Tremores e atividades vulcânicas aqui e ali alertam que algo pior pode vir a acontecer caso não cuidemos da terra. Tsunamis, chuvas de granizos, enchentes, inundações, furacões e tornados – o que mais pode vir?
Estamos acabando com água e com a flora do planeta. Cientistas já denunciam que o planeta pode mudar de cor. Caminhamos para um clima seco, árido, vegetação de deserto e consecutivamente, a fome e a sede.
O pior de tudo é que não estamos fazendo nada pela saúde do planeta terra. Vivemos aqui como se tudo estivesse normal e como se nunca fosse nos faltar as riquezas naturais. E o planeta está tendo reações a isto. O homem está destruindo tudo por onde vai, por onde passa, por onde põe a mão…
Nossas autoridades políticas e as demais autoridades que podem fazer alguma estão de braços cruzados. Nós também estamos. Vai chegar o dia em que, quando formos fazer algo, já será muito tarde demais.
A terra está superpopulosa e a sujeira dos homens não tem mais onde ser colocada. Os lixões aumentam em cada cidade. Os oceanos recebem uma carga muito grande de mais lixos. As potências mundiais assistem tudo do alto de suas incompetência em cuidar de onde todos nós moramos.
Estamos poluindo a água que vai matar a nossa sede amanhã. Estamos matando as nascentes que estão no caminho da ganancia pela terra. O que vai sobrar para os nossos filhos e netos? Como deixaremos o planeta terra para as nossas crianças? Como viverão amanhã, os bebês que estão nascendo hoje?
Estamos caminhando para o fim.
O nosso meio ambiente não é respeitado nem por nós mesmos, como exigiremos de nossas autoridades o compromisso e o respeito com a fauna, com a flora, com as águas, com o ar…
A Mata Atlântica não existe mais. O Paraopeba não existe mais. O Rio Doce já está morto. Centenas de praias estão poluídas. A Baia da Guanabara é puro lixo. O Rio Tietê e o Arruda só existem para matar outros rios. Incêndios fenomenais diariamente destroem nossas poucas reservas florestais. Centenas de animais estão na lista de extinção.
Amanhã poderá estar acontecendo o pior com a raça humana. Poderemos respirar o ar que nos cerca? Teremos vento, sombra, chuva? Vamos poder nos banhar em lagoas e rios? Teremos água pura e boa para matar a nossa sede? Teremos campos para plantar a nossa subsistência?
Qualquer dia destes, o planeta terra pode sacudir-se como um cão sarnento sacode para se livrar das pulgas que lhe picam o dorso. Os paraísos naturais já são motivos de preservação e de preocupação de muitas pessoas – mas o engajamento ainda é pouco. É pequeno. é mínimo. Ambientalistas preocupados já trilham caminhos para reflorestar com urgência, lugares que outrora era só verde. Associações que lutam em prol da natureza triplicam, mas não tem a importância devida. Os desmatadores são mais que todos os que hasteiam a bandeira ecológica.
O homem tem o poder de mudar qualquer paisagem – na maioria das vezes para pior. Rios desaparecem, montanhas são varridas do mapa, florestas viram móveis e a água que deveria matar a nossa sede, é poluída sem que ninguém enxerga a necessidade dela no futura. O homem não vive três dias sem ingerir água.
Um S.O.S. mundial deveria ser ligado. Mas estão todos no conforto de suas casas, esperando por um milagre de Deus. Ou, que o planeta terra possa sacudir-se como um cão sarnento para se livrar das pulgas que lhe picam o dorso.
– Você tem parado pra pensar neste assunto?
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