3 de maio de 2024

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VEREADORA DO PT PEDE AFASTAMENTO APÓS DESTINAR VERBA PÚBLICA PARA EVENTO QUE TEVE CENAS DE NUDEZ E DE SEXO ORAL EM PRAÇA PÚBLICA

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A vereadora do PT na cidade de Campinas em São Paulo, Paolla Miguel, pediu afastamento temporário de seu cargo do Partido dos Trabalhadores no último domingo (21/4). A edil é acusada de viabilizar, por meio de emenda parlamentar, a “Festa Bicuda”, que ocorreu em 14 de abril no centro da cidade e incluiu cenas de nudez e simulação de sexo oral em um local de acesso aberto ao público. A vereadora alega que desconhecia apresentações dos artistas e fala em perseguição política.

Conforme a Folha de Paulo, Paolla Miguel teria pedido o afastamento temporário do diretório nacional do Partido dos Trabalhadores após a Câmara Municipal ter aprovado a instauração de uma comissão para investigar o uso de dinheiro público para o financiamento da referida festa, na quarta-feira (17/4).

O caso também levou a um pedido de abertura de uma ação civil no Ministério Público de São Paulo (MPSP), solicitada pelo deputado estadual Rafa Zimbaldi (Cidadania), para que a cidade fosse ressarcida em R$ 765 mil pelo financiamento do evento.

Em uma nota de esclarecimento publicada nas redes sociais, os organizadores explicaram que se tratava de uma festa voltada ao público LGBTQIA+ e, desde sua criação, em 2018, nunca foram questionados sobre o conteúdo artístico das apresentações. Segundo os organizadores, a vereadora não teve envolvimento direto na contratação de artistas e apenas disponibilizou a infraestrutura básica para o evento.

Durante uma sessão na Câmara na última quarta-feira (17/4), ela disse que não participou da contração dos artistas e desconhecia o conteúdo das apresentações.

 

Leia abaixo a íntegra do pronunciamento de Paolla Miguel: 

“CONTRA OS ATAQUES DA EXTREMA-DIREITA!

Agradecemos a mensagem de solidariedade do PT após a implacável perseguição dos engravatados ao nosso #MandatoMovimento jovem, periférico, antirracista, LGBT, de luta pela classe trabalhadora. “Nos sentimos extremamente atacadas e perseguidas por um episódio absolutamente infundado. Sinto que uma armadilha foi colocada contra nosso mandato para que a extrema-direita tivesse a fagulha necessária para atacarem nossa reputação, que até aqui tem sido de trabalho pelo povo, inclusive com leis aprovadas e em construção que impactam a população campineira, com ações de fiscalização e constante diálogo com amplos setores da sociedade.

Também por conta do nosso diálogo com o Governo Federal para trazer investimentos para a nossa cidade, o que talvez possa gerar certo desconforto por parte de setores do governo e da base aliada, que ataca dia sim, dia não, nosso trabalho e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Mais do que isso, por defendermos naquele espaço pessoas que são marginalizadas, a comunidade LGBT, a juventude negra, a população mais carente nas periferias e dos extremos de nosso trabalho e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Mais do que isso, por defendermos naquele espaço pessoas que são marginalizadas, a comunidade LGBT, a juventude negra, a população mais carente nas periferias e dos extremos de nossa cidade. É ali que fazemos questão de estar e será lá que continuaremos nossa luta a favor do povo oprimido.

Reitero aqui: nossa participação no evento Bicuda se deu única e exclusivamente via alocação de recursos das emendas parlamentares para banheiros químicos e palco, após ter sido solicitado para gente. Não participamos de tratativas sobre artistas, nem sobre conteúdo da apresentação. O que aconteceu lá foi inadequado sim. Se tivessemos ciência do conteúdo da apresentação, teríamos aconselhado o Poder Público a dialogar com a produção do evento para que não acontecesse.

A Bicuda acontece em Campinas desde 2018, inclusive com apoio da Secretaria de Cultura por pelo menos 15 eventos, sendo quase a totalidade delas sem nossas emendas. Iremos enfrentar esse processo de cabeça erguida, cientes de que estamos sendo perseguidas por quem não tolera uma pessoa como eu, preta, LGBT, periférica e jovem na política”.

 

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Fonte – Metropoles

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