3 de maio de 2024

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MINISTRO BARROSO DO STF DIZ QUE GUERRA AO TRÁFICO FRACASSOU E A LEGALIZAÇÃO DE DROGAS “LEVES” É TENDÊNCIA MUNDIAL

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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, disse que a legalização das drogas consideradas leves é uma tendência mundial devido à constatação de que a guerra às substâncias ilícitas “fracassou”. A declaração foi dada nesta segunda-feira, 22, durante palestra na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Segundo Barroso, além da legalização, outra postura que pode ser adotada no combate ao tráfico de drogas é a repressão. No entanto, ele alega que o modelo repressivo não diminui o poder do crime e nem o consumo das drogas. Para o ministro, prender o usuário que porta uma pequena quantidade da substância ilícita para consumo próprio “é colocar (na cadeia) mais um agente para o crime organizado”.

Neste sentido, o magistrado defendeu que “nada justificaria a prisão pelo porte pessoal para consumo” e lembrou que a discussão sobre o tema no STF diz respeito à quantidade de maconha portada que diferencia o usuário do traficante de drogas. Barroso ainda ressaltou que a legislação brasileira não pune com restrição de liberdade o usuário de drogas e que, caso a descriminalização da maconha ocorra, a “criminalização do tráfico” será mantida. Atualmente, o placar na Corte é de cinco votos a três pela descriminalização do porte de maconha para uso pessoal.

‘O que o Supremo está decidindo é qual a quantidade que vai distinguir traficante de usuário para que essa escolha não seja feita pela polícia’, afirmou Barroso. Foto: Wilton Junior/Estadão© Fornecido por Estadão

O presidente do STF ainda criticou a atuação da polícia que se basearia em “critérios discriminatórios”. Segundo ele, “a mesma quantidade (de drogas) é tratada com pesos diferentes” pelos policiais, o que vai de acordo com o argumento usado por ele na Corte. Quando votou a favor da descriminalização do porte de maconha para uso pessoal, o ministro disse que “deixar essa distinção (entre traficante e usuário) a critério das autoridades, seja policial ou judicial, apenas escancara o racismo presente nas instituições”.

 

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Fonte: Estadão

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