O presidente Lula não foi convidado para participar do ato deste ano, diferentemente do que ocorreu na edição de 2023, pela organização do Acampamento Terra Livre (ATL), um dos principais eventos do movimento indígena em Brasília. O movimento está insatisfeito com a política de demarcação de terras posta em prática pela gestão petista.
Na quinta-feira (18), Lula anunciou a demarcação de apenas duas terras indígenas quando o esperado era que seis áreas fossem homologadas em ato realizado pelo Ministério da Justiça. As novas terras indígenas são Cacique Fontoura, no Mato Grosso, e Aldeia Velha, na Bahia.
O petista reconheceu que decepcionou os muitos representantes indígenas presentes na cerimônia. “Eu sei que vocês estão com certa apreensão, porque vocês estavam esperando seis terras indígenas. E nós decidimos assinar duas. Eu sei que isso frustrou alguns companheiros. Eu fiz isso para não mentir a vocês. É melhor a gente resolver o problema ao invés de assinar”, disse o petista.
“Temos alguns problemas de terras ocupadas por fazendeiros e pessoas, que às vezes são mais pobres do que nós. Tem uma, por exemplo, que tem 800 pessoas. Os governadores me pediram mais tempo e nós vamos dar esse tempo. Não queremos colocar a polícia para tirar essas pessoas”, declarou o petista.
As áreas que não foram homologadas estão nos estados de Paraíba, Alagoas e Santa Catarina. Lula afirmou que o governador catarinense, Jorginho Mello, se recusou a receber a ministra dos Povos Originários, Sonia Guajajara, para negociar a homologação das duas terras indígenas em seu estado.
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